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terça-feira, 3 de abril de 2012

A Multipolaridade e os Blocos de Poder




Nova Ordem Mundial

Você sabe o que é a Nova Ordem Mundial? Vivemos num mundo cada vez mais interconectado em termos culturais e econômicos, unificado financeiramente dirigido por inúmeras organizações transnacionais. O chamado "mundo globalizado" é o assunto de hoje.

Na década de 80, com o fim da corrida tecnológica e armamentista entre as superpotências, a chamada Guerra Fria, os Estados Unidos "grandes vencedores", se tornam as grandes nações hegemônicas inaugurando a Nova Ordem Mundial. Nesse novo mundo, o poder estar com quem tem o domínio da tecnologia. A disputa continua, mas o mercado é o novo campo de batalha.

O mundo anteriormente bipolarizado, marcado pela disputa entre o Bloco Socialista e o Bloco Capitalista, passa a ser um mundo multipolarizado. Os países se organizam em blocos para garantir mercado, complementar sua economia e se fortalecer. São três os Megablocos: o NAFTA, Acordo de Livre Comércio da América do Norte, é formado pelos Estados Unidos, Canadá e México. É a área de influência direta dos americanos, de onde tiram vantagens como a mão-de-obra barata mexicana, as riquezas minerais e o mercado de alto poder aquisitivo do Canadá. "A chamada União Européia, é formada por 15 países e é mais que um Bloco Econômico é uma Organização Supra Nacional, em que os países não têm fronteiras e são altamente integrados, inclusive militarmente. O passo definitivo para a estabilidade dessa união foi a adoção de uma moeda única: o EURO!"

Europa: através da história, foram as guerras que moveram este continente. A fragmentação européia sempre foi o motor de seu desenvolvimento, ninguém queria ficar para trás na competição bélico-tecnológica. Depois da última e mais terrível guerra, líderes visionários tiveram a idéia genial: forjar a estabilidade política através da interdependência econômica. Pela primeira vez a Europa rimou paz com prosperidade! No primeiro dia de 93, a Europa tornava-se um mercado único, com 320 milhões de consumidores e um PIB de 6 trilhões e meio de dólares. Tão unidos e tão diferentes!

O Bloco formado pelos países da Bacia do Pacífico liderados pelo Japão, não se baseia em acordos diplomáticos como o NAFTA, ou a União Européia, sendo na verdade uma zona de integração comercial bastante dinâmica que mantém um ritmo acelerado de crescimento econômico, onde se destacam os chamados Tigres Asiáticos, a China e a Austrália.

A Política dos Megablocos quer a abertura de mercado, mas na medida que cada bloco se une e se fortalece cria mecanismos protecionistas, fechando-se em sua própria região. A Globalização permite que o mundo inteiro seja alcançado pelos mais modernos meios de comunicação, assim como pelo o capital, mas está formando ao mesmo tempo uma geração de pessoas e nações excluídas.

Os países Centrais também chamados de países do Norte são os que organizam seus interesses buscando nos países Periféricos, ou países do Sul, as vantagens comparativas para diminuir custos e aumentar os lucros na economia-Mundo. Podemos conferir isso a cada reunião do chamado Grupo dos 7.

Alguns países Periféricos também estão se unindo para garantir o seu espaço na economia mundial e não apenas sofrerem o lado negativo da Globalização.

Você viu o que os países têm feito para proteger suas economias no mundo globalizado. Conheceu a Nova Ordem Mundial e a política dos Megablocos.



Economia-mundo: conjunto de economias de vários lugares diferentes, mas que se inter-relacionam.

Livros:

· Panorama do mundo, 1,2,3 de Demétrio Magnoli, José Arbex e Nelson Babic.

· O mundo pós-guerra de Jaime Brener.

"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países" John Kenneth Galbraith, um dos maiores economistas do século XX.





-----------BLOCOS ECONÔMICOS E OS MEGABLOCOS--------------

De um uns anos pra cá, a chamada Nova Ordem Mundial, vem dividindo e integrando nosso planeta em Blocos econômicos.

"Um dia desses, fui comprar um rádio relógio. Escolhi um modelo de uma marca tradicional – marca americana – quando dei uma olhada no manual de instruções, percebi que o rádio relógio só é americano na marca. O projeto é de uma fábrica francesa, os componentes eletrônicos são coreanos e o aparelho foi montado no México".

Num simples eletrodoméstico, uma amostra do tempo em que vivemos hoje! Tempo de Globalização!

"A globalização é o resultado de fatos históricos e políticos que vem acontecendo há séculos. Podemos dizer que ela começou, com as Grandes Descobertas dos Navegantes Espanhóis e Portugueses... continuou pela sofisticação dos Meios de Transportes e Comunicação, mas se firmou mesmo com o domínio do capital financeiro e a verdadeira revolução nas comunicações e da informática no final do século XX. O mundo foi ficando pequeno e hoje uma crise na bolsa de valores de um único país da Ásia abala a economia do mundo inteiro"!

Junto com a Globalização, acontece uma importante tendência: países de mesma região se organizam em blocos, derrubam fronteiras econômicas para negociar seus produtos e Serviços entre si com liberdade quase total. Com isso, esses países fortalecem seus mercados regionais. Como você sabe, o maior desses blocos, é liderada pelos Estados Unidos, a maior potência do século XX.

"O NAFTA (North American-Frre-Trade Agreement), Acordo Norte Americano de Livre Comércio, formado pelos Estados Unidos, Canadá e México. É a área de influência direta dos americanos, onde tiram vantagens como a mão-de-obra barata mexicana, as riquezas minerais e o mercado de alto poder aquisitivo do Canadá."

O NAFTA é o mais importante dos blocos, mas não é o único formado por países ricos. Em busca do poder perdido, a Europa Também se uniu. "A chamada União Européia, é formada por 15 países e é mais que um Bloco Econômico é uma Organização Supra Nacional, em que os países não têm fronteiras e são altamente integrados, inclusive militarmente. O passo definitivo para a estabilidade dessa união foi a adoção de uma moeda única: o EURO!"

"Com potencial para rivalizar com o dólar americano no mercado mundial, a moeda única nasceu a partir da formação da União Européia, uma coalizão entre 15 nações da Europa. O objetivo da União é promover o progresso econômico e social, e a identidade européia no cenário internacional. No primeiro momento, só 11 dos 15 países da União adotaram o EURO. O resultado já foi espantoso: uma economia ligeiramente menor do que a dos Estados Unidos, 18% do mercado mundial."

Eduardo Callado – Pres. Cons. Reg. Economia/RJ: "Nem sempre foi o dólar a moeda de troca no mercado mundial – aceita internacionalmente – antes do dólar nós tínhamos a Libra que por 100 anos reinou, até porque a Inglaterra era a economia mais importante do mundo... ela se enfraquece após Primeira Guerra Mundial."

Toda essa movimentação para essa formação de Blocos Econômicos é recente, mas a União Européia não é tão novinha assim.

Há cerca de quantos anos se formou a União Européia?

Cem anos?

Quarenta anos?

Ou vinte anos?

Acertou quem ficou com o meio termo. Quarenta anos, é a resposta certa.

"Quando a 2a Guerra Mundial acabou e Hitler foi derrotado, outros líderes europeus acharam que seria preciso criar uma espécie de elo entre as economias dos países da Europa. Com a queda do Muro de Berlim em 89, ressurgiu o medo de que a Alemanha pudesse retomar sua tendência expansionista. Se de alguma forma o país estivesse ligado a outro a outros países esse risco diminuiria, foi por isso que nas últimas décadas, os líderes da União Européia estabeleceram uma espécie de vinculo entre as diferentes moedas e sugeriram a criação de uma moeda única para a Europa."

Esses grandes blocos formados ou liderados por países Centrais, já estão sendo denominados de Megablocos. O terceiro deles está agitando o outro lado da Terra no Leste da Ásia. Ainda não é um bloco formal como o NAFTA, e a União Européia, mas integra economicamente os países do Leste Asiático como os Tigres da Ásia sob a liderança do Japão. "Esse bloco da Bacia do Pacífico, não se baseia em acordos diplomáticos como o NAFTA ou a União Européia, sendo na verdade uma zona de integração comercial bastante dinâmica que mantêm um ritmo acelerado de crescimento econômico,onde se destacam os chamados Tigres Asiáticos, a China e a Austrália.

A organização de Blocos Econômicos não é exclusividade de países Ricos, países Periféricos também se juntam com os mesmos propósitos, não formam Megablocos, mas sim pequenos blocos que fortalecem mercados secundários e fazem surgir lideranças regionais: o Brasil é o integrante mais forte do bloco que integra países do Cone Sul. "O Tratado de Assunção que criou o Mercosul selou uma tentativa de aproximação entre os países membros que vinha desde o início dos anos 80. Naquela década foi criada uma Associação Latino Americana de Integração, a ALADI que substituiu a ALALC, Associação Latino Americana de Livre Comércio. A ALAC tinha uma clausula que obrigava todos os países da América Latina a estender a redução de tarifas de importação acertadas entre dois ou mais países. Essa clausula acabava impedindo o fechamento de acordos em bloco. Com a criação da ALADI, isso foi eliminado. O Mercosul começou com a integração Brasil-Argentina firmada pela declaração de Iguaçu e assinada pelos presidentes, na época, José Sarney e Raul Alfonsim em julho de 85, em julho de 90 os dois países assinaram a Ata de Buenos Aires, fixando a data de 31 de dezembro de 94 para a formação do mercado definitivo. Na ocasião convidaram também o Paraguai e o Uruguai para aderirem, Chile e Bolívia tem apenas um acordo de complementação Econômica com o Mercosul, o que significa que eles não participam dos benefícios tarifários que vigoram entre os países integrantes do bloco."

"O Mercosul é um Bloco Econômico que reúne a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Veja um exemplo para entender como esse bloco funciona: - antes do Mercosul, uma garrafa de vinho argentino; uma peça de couro paraguaio e um quilo de carne uruguaio chegavam ao Brasil com preços mais altos. Isso acontecia porque quando esses produtos cruzavam nossas fronteiras e o governo brasileiro cobrava Taxas de Importação, o mesmo acontecia quando produtos brasileiros iam para esses países. Mas desde que o Mercosul entrou em vigor em janeiro de 91os quatro países membros deixaram de cobrar impostos de importação sobre a maioria dos produtos. O consumidor sentiu isso no bolso, os preços dos importados desses países caíram. Outro Bloco Econômico que existe no continente americano é o NAFTA. NAFTA é uma sigla inglesa que em português significa Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Os países membros são Canadá, Estados Unidos e o México. O NAFTA entrou em vigorem 1 de janeiro de 94. Ele também acabou com os impostos cobrados sobre os produtos importados dos países membros. (...) Mas agora existe a possibilidade de os 34 países do continente americano formarem um bloco único, a ALCA. ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas e se ela for criada vai integrar todos os países da América com exceção de Cuba. Isso só deve acontecer a partir do ano de 2005."

Os principais blocos da América, NAFTA e Mercosul, podem estar com seus dias contados. Os Estados Unidos estão propondo a realização de um outro bloco integrando todo o continente. Mas o que pode estar por trás dessa proposta?

OBS: A ALCA é uma forma de os Estados Unidos manterem a liderança econômica na região.

PENSE NISSO:

1. Ao mesmo tempo em que a economia mundial se globaliza, os países se organizam em Blocos Econômicos regionais. Fica a dúvida: essa regionalização em Blocos Econômicos contraria, ou melhor, contradiz o processo de Globalização pelo qual estamos passando?

2. Esses Blocos Econômicos que fortalecem os mercados regionais são uma forma de resistência a Globalização ou servem apenas para fortalecer os países Centrais?

------------------------------A União Européia--------------------------------------------



A Europa agora quer ser um só país. Fronteiras milenares foram abolidas.

Irlanda, Grã-Bretanha, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Grécia, Itália, Áustria, Alemanha, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Portugal... São mais de 15 países juntos, 370 milhões de habitantes, 17 moedas, 21 idiomas, um PIB (Produto Interno Bruto) de mais de 8 trilhões de dólares.

O objetivo é criar uma potência econômica capaz de enfrentar a competição internacional. É a corrida do "Velho Continente" para o futuro. De todos os blocos que estão se constituindo atualmente, a União Européia adotou a forma considerada a mais avançada. Os países não têm mais fronteiras propriamente dita, apenas formam um bloco supranacional. Teoricamente, seus habitantes não são mais franceses, ingleses, suecos ou portugueses, são cidadãos europeus.

A primeira etapa dessa união se deu com a criação do Benelux, que estabelecia o livre comércio entre os países baixos (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) tornando-os uma unidade econômica. Em 1957, pelo Tratado de Roma, foi criado o Mercado Comum Europeu. De lá pra cá foram muitas as mudanças. A Comunidade Européia cresceu, passou de 6 para 15 países, de um grande mercado virou União Européia.

Vivendo a necessidade de novos investimentos, de encontrar novas forças para enfrentar a acirrada competição com o Japão, o Sudeste Asiático e os Estados Unidos, a agora chamada Comunidade Econômica Européia aceita a entrada da Grécia, em 1981, e mais tarde a de Portugal e Espanha, em 1986. A pesar da economia desses países ser muito menos avançadas que a dos outros membros, eles representavam alternativas de mercados.

Em 1991, é assinado o Tratado de Maastricht que estabelece políticas externas de defesa comuns, além de uma moeda única, o Euro. "Em 62 páginas o Tratado de Maastricht lança as bases dos ‘Estados Unidos da Europa’. Com isso você tem uma moeda única para toda a Europa, e um só embaixador e um só comando militar para os países da comunidade".

Além da unidade econômica o tratado quer estabelecer uma unidade política e diplomática. Mas nem todos os países estão preparados para a moeda única, por exemplo. Algumas metas difíceis têm que ser cumpridas para que isso ocorra.











Veja o que é preciso para cada países adotar o Euro:

· Manter baixa a inflação;

· Reduzir as taxas de juros;

· Controlar o déficit público, não pode ultrapassar 3% do PIB;

· Segurar a dívida pública tem de ficar abaixo 60% do PIB.

As reformas e ajustes na economia avançam em todo vapor para que os países da União Européia garantam a competitividade, ganhem novos mercados e se fortaleçam diante dos americanos e japoneses. A adoção da nova moeda é facultativa, mas em todos os idiomas parece que o Euro é o único caminho!

Cumprir as metas da unificação pode gerar medidas de recessão e desemprego. Hoje a Europa tem 18 milhões de desempregados, em cada grupo de 10 pessoas em idade para trabalhar, uma está sem emprego. A cada mês a fila em busca de emprego cresce em toda a Europa. Países como a Alemanha e a França batem recordes de desemprego. Na França, 25% dos jovens com menos de 27 anos não conseguem entrar no mercado de trabalho. A Espanha é recordista, o índice de desemprego chega a quase 20%, e em todas as pesquisas o desemprego aparece como a principal preocupação do cidadão europeu. O governo paga caro a conta do desemprego. Quem está fora do mercado de trabalho deixa de pagar impostos, mas, recebe um salário desemprego e tem assistência social garantida. A cada novo recorde de desemprego, a conta do estado aumenta mais. Na pressa para ajustar as economias, e lançar o Euro, os países adotaram políticas fiscais ainda mais firmes, o que acabou aumentando o número de desempregados.

Em 1995 a Comunidade Econômica Européia passa a se chamar União Européia. Áustria, Finlândia e Suécia se unem ao grupo, formando a então chamada a Europa dos 15. Mas a euforia com a livre circulação de mercadorias, capitais e cidadãos provoca também sérios problemas. Por sua força econômica essa Nova Europa tem sido um foco de atração para muitos migrantes que buscam empregos no continente. Esses imigrantes vêm principalmente dos países do Leste Europeu que estão sofrendo grandes transformações, passando de uma economia socialista para uma economia de mercado. Jovens desempregados imigram dos países Periféricos, principalmente do norte da África e do Oriente Médio em busca de melhores oportunidades, fazendo do rico mundo europeu uma verdadeira Meca dos Pobres. A competição pelo mercado de trabalho entre os estrangeiros e os cidadãos europeus provocou um fortalecimento dos movimentos Neonazistas, aumentando a xenofobia da população.

Numa época de intensa Globalização, em que o mercado é mundial e ultrapassa as fronteiras nacionais, explodem conflitos nacionalistas envolvendo minorias. Na Irlanda do Norte existe o conflito entre a minoria católica que quer seu país independente do Reino Unido e a maioria protestante que não quer viver numa grande Irlanda unificada, onde seria minoria. Na Espanha o país Basco, região autônoma ao norte, quer formar um estado independente que tomaria até parte do território francês. Assim como na Irlanda há organizações terroristas envolvidas, o que trás instabilidade e insegurança a Europa Unificada.

Vimos que a unificação política e econômica da Europa não livrará o velho continente de seus problemas. Vimos como é difícil construir um paraíso econômico num mundo com tão graves contradições.

DICAS:

UNIÃO EUROPÉIA:

O aprofundamento das relações entre os países europeus reduz a necessidade de importação no continente, mas a EU e o Brasil já assinaram vários acordos de cooperação, e o Brasil exporta inúmeros produtos para os países do grupo com tarifas reduzidas. Os maiores compradores são a Alemanha, os Países Baixos, a Itália, França, Reino Unido e a Bélgica.



Xenofobia: horror a tudo que é estrangeiro.

Livros:

· Geografia dos continentes – Europa de Hélio Carlos Garcia e Tito Márcio Garavello.

· O mundo contemporâneo – Relações internacionais de1945 a 2000 de Demétrio Magnoli.

"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países." John Kenneth Galbraith, um dos maiores economistas do século XX.









ALCA: Área de Livre Comércio Das Américas

Logo, Logo um excelente texto sobre a ALCA enfocando os pontos positivos e negativos dessa polêmica área de livre comércio!!!

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